UM DIÁLOGO COM O SR. TÁCIO
Sou membro do Conselho Municipal de Cultura, de Blumenau. Gostaria de compartilhar este artigo que saiu no Jornal de Santa Catarina de 5a-feira, na sessão Artigo. É do blumenauense Tácio Moraes Neto que apresenta contribuição ao debate sobre o aperfeiçoamento, qualitativo e democrático, do Conselho em questão. E, portanto, gostaria de produzir e compartilhar um diálogo com o mesmo. O artigo está logo mais. Expresso, antes, minhas considerações
Sua opinião é legitima, porém se detém no que é óbvio: desde muito tempo, artistas, produtores culturais e entidades/associações culturais apontam a necessidade de democratizar o Conselho.
Sua composição é ainda arbitrária: dos 17 membros, 6 foram escolhidos na 4a Conferência Municipal de Cultura, em 2009, e tomaram posse em 2010 e todos os demais são indicados pelo prefeito. Deste mandato, conheço grande parte dos/as conselheiros/as e posso afirmar que a maioria tem qualidades para comporem o conselho. Porém, muito mais avalizado pela sociedade quando esta pode participar mais. Existe uma minuta de lei que modifica a composição e a estrutura do Conselho, tornando-o Conselho Municipal de Políticas Culturais. São mudanças sobre as atribuições do Conselho, fortalecendo-o. É um pequeno passo, mas que vai fortalecer a voz do lado que produz e frui arte/cultura, que é também, o lado mais frágil. O atual prefeito não ouve o Conselho nas questões mais fundamentais, Políticas. O Conselho, hoje, é atuante, atento as transformações institucionais que estão surgindo Brasil afora. Mas só é ouvido pela administração municipal (diga-se gabinete do prefeito) em assuntos cosméticos. E realmente: concordo com o Sr. quando diz que foi a luta do segmento que fez surgir o Fundo Municipal de Apoio a Cultura, esnobado por João Paulo Kleinubing, do DEM.
Mas o mais central do artigo do Sr. Tácio é que , sim si, ele é contraditório, uma vez que questiona a legitimidade artística de alguns projetos, considerados de estudantes, dando um surpreendente "carteirasso": os "verdadeiros" trabalhos, aqueles que deveriam ser financiados com dinheiro público, seriam os projetos de artistas legitimados, com "currículo" e "experiência"? Mas legitimados por quem? Afirma o Sr. Tácio que em 2010, há evidências de que os recursos estão sendo mal-utilizados. Pergunto: como o senhor auferiu esse prejuízo? Como medir a relevância de um projeto cultural?
Sua composição é ainda arbitrária: dos 17 membros, 6 foram escolhidos na 4a Conferência Municipal de Cultura, em 2009, e tomaram posse em 2010 e todos os demais são indicados pelo prefeito. Deste mandato, conheço grande parte dos/as conselheiros/as e posso afirmar que a maioria tem qualidades para comporem o conselho. Porém, muito mais avalizado pela sociedade quando esta pode participar mais. Existe uma minuta de lei que modifica a composição e a estrutura do Conselho, tornando-o Conselho Municipal de Políticas Culturais. São mudanças sobre as atribuições do Conselho, fortalecendo-o. É um pequeno passo, mas que vai fortalecer a voz do lado que produz e frui arte/cultura, que é também, o lado mais frágil. O atual prefeito não ouve o Conselho nas questões mais fundamentais, Políticas. O Conselho, hoje, é atuante, atento as transformações institucionais que estão surgindo Brasil afora. Mas só é ouvido pela administração municipal (diga-se gabinete do prefeito) em assuntos cosméticos. E realmente: concordo com o Sr. quando diz que foi a luta do segmento que fez surgir o Fundo Municipal de Apoio a Cultura, esnobado por João Paulo Kleinubing, do DEM.
Mas o mais central do artigo do Sr. Tácio é que , sim si, ele é contraditório, uma vez que questiona a legitimidade artística de alguns projetos, considerados de estudantes, dando um surpreendente "carteirasso": os "verdadeiros" trabalhos, aqueles que deveriam ser financiados com dinheiro público, seriam os projetos de artistas legitimados, com "currículo" e "experiência"? Mas legitimados por quem? Afirma o Sr. Tácio que em 2010, há evidências de que os recursos estão sendo mal-utilizados. Pergunto: como o senhor auferiu esse prejuízo? Como medir a relevância de um projeto cultural?
Por sorte, dentre muitos azares da contemporaneidade, essa época oxigenou algumas idéias sobre Arte e Cultura. Uma delas é essa: de que a cultura transbordou para outros setores, dialogando muito mais com a Educação, a Ciência, a Comunicação, a Ecologia, através de múltiplas transversalidades.
Sabe qual o ideal nesse momento, Sr. Tácio, sobre critérios para julgar a aprovação ou não de recursos financeiros para um projeto cultural? Duas coisas: a) Discussão aberta, em plenária representativa de diversos segmentos, para debater publica e democraticamente, critérios que possam equilibrar todas as múltiplas visões sobre arte de nossa época. Não é um debate ad-infinitum, não! É plenária de uma tarde, 14h às 18h, tempo suficiente para construir-se uma proposta legitimada por muitos e não po notáveis; b) Comissão de análise externa, com jurados de outras cidades, com dedicação às artes/cultura. Só que esta é uma proposta inviável para 2011, uma vez que demanda recursos. Foram destinados R$ 400 mil para o Fundo, neste ano. Para 2011, zombateiros R$ 418 mil. Uma comissão dessas não saí por menos do que dois ou três projetos.
No mais, mãos à obras, todo mundo!
Márcio Cubiak
Sabe qual o ideal nesse momento, Sr. Tácio, sobre critérios para julgar a aprovação ou não de recursos financeiros para um projeto cultural? Duas coisas: a) Discussão aberta, em plenária representativa de diversos segmentos, para debater publica e democraticamente, critérios que possam equilibrar todas as múltiplas visões sobre arte de nossa época. Não é um debate ad-infinitum, não! É plenária de uma tarde, 14h às 18h, tempo suficiente para construir-se uma proposta legitimada por muitos e não po notáveis; b) Comissão de análise externa, com jurados de outras cidades, com dedicação às artes/cultura. Só que esta é uma proposta inviável para 2011, uma vez que demanda recursos. Foram destinados R$ 400 mil para o Fundo, neste ano. Para 2011, zombateiros R$ 418 mil. Uma comissão dessas não saí por menos do que dois ou três projetos.
No mais, mãos à obras, todo mundo!
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